Peixe abissal é o que vive na zona abissal e apresenta modificações perante essa condição. Esses seres têm esqueletos leves e alguns podem engolir presas duas vezes maior que seu corpo, pois possuem um corpo elástico.
Alguns apresentam luzes em seus corpos, produzidas por células luminosas ou por bactérias que lançam flashes ocasionais, ajudando à iluminar o ambiente.
Alguns animais possuem hastes para atrair as presas com uma luz na ponta, essa luz é gerada a partir de uma glândula de pele que compreende uma lente, refletor de duas substâncias químicas, a luciferina, que serve como combustível, e a luciferase que serve como catalisador, sendo lançadas, e provocando uma combustão, porém a luz lançada é uma luz fria, uma emissão de luz sem emitir calor junto.
Os hábitos desses seres são diferenciados, alguns sobem para a superfície à noite para alimentar-se de plâncton, alguns vivem nas profundezas, e alguns podem subir para a superfície quando quiser, pois os seres abissais são seres capacitados a viver em altas pressões, então a superfície não é uma zona restrita para eles, mas como a maioria é cega ou tem visão prejudicada, não sobem a superfície, porém alguns são capazes de enxergar até 10 vezes melhor que os humanos.
Alguns apresentam uma "vara de pesca" com que, literalmente, pescam seu alimento, na ponta dessa vara geralmente tem algum tipo de isca ou uma luz, que eles fazem com que o alimento siga até sua boca. Existem muitas dificuldades para esses seres, as altíssimas pressões, as temperaturas baixas, a dificuldade de reprodução e de encontrar comida, são seres estranhos aos olhos humanos, mas adaptados a uma vida dura, e quase impossível a sua existência.
A reprodução é outra dificuldade para esses seres, é uma reprodução única, na qual o macho, ao encontrar a fêmea, se juntam, e passam a ter a mesma circulação e a única serventia do macho é armazenar esperma para a fertilização da parceira, há exceções, alguns são hermafroditas, e quando não encontram um(a) parceiro(a) fecundam-se a si mesmos, e alguns a diferença sexual é apenas uma questão de amadurecimento.
São peixes simples, parecem que não se evoluíram durante milênios, indicando assim que sejam seres primitivos, não possuem escamas, nem outros tipos de proteção, alguns são gelatinosos, e alguns imbatíveis em questão de feiura, não se sabe também quem teria evoluído de quem, se os peixes da superfície deram a "luz" aos peixes abissais ou se os peixes das profundezas se arriscaram, por motivos desconhecidos, na superfície.
Existem várias outras espécies abissais, como os crustáceos, as águas-vivas, as esponjas, os peixes-dumbo, os peixes de vidro, e etc. Não existem seres fotossintetizantes, portanto, não há possibilidade de existir vida herbívora nas fossas abissais, muitos se alimentam de plâncton, restos de peixe e de outros animais da superfície. A Dúvida dos cientistas, de quem veio primeiro, os abissais ou os da superfície, só aumentaram quando foram descobertas outras formas de vida que não fossem os peixes nas fossas abissais, pois aí também poderia ter havido a evolução de outras formas de vida das fossas abissais para a superfície, ou ao contrário, sabemos muito pouco sobre eles, e sabemos de poucas espécies, eles são donos da maior área do planeta, e nós sabemos muito pouco sobre eles.
Exemplo de seres abissais:
TUBARÃO-BOCA-GRANDE
O tubarão-boca-grande (Megachasma pelagios) é uma espécie de tubarão extremamente rara, que habita águas profundas. Descoberta em 1976, apenas alguns foram vistos desde essa altura, com 39 espécimenes capturados ou avistados (2007), existindo 3 gravações em filme. Tal como o tubarão-elefante e o tubarão-baleia, alimenta-se por filtração, nadando com a sua enorme boca aberta, filtrando a água para obter Plâncton e medusas. Distingue-se por possuir uma cabeça de grandes dimensões e lábios de aspecto elástico.
PEIXE-PESCADOR
O peixe-pescador (peixe-diabo ou tamboril), Lophius piscatorius, é uma espécie de peixe-sapo existente no nordeste do Atlântico.
Têm modificados os ossos da barbatana dorsal na forma de uma espécie de isca para capturar outros peixes e crustáceos. Os peixes-pescadores são perigosos para os banhistas e pescadores devido a seus espinhos venenosos. Algumas das 30 espécies contém órgãos luminosos.
PEIXE-DIABO NEGRO
O peixe-diabo negro (Melanocetus johnsonii) é uma espécie de peixe encontrada em todos os oceanos, porém, mais especificamente em profundidades que variam entre 100 e 2 mil metros. É capaz de atrair suas presas com uma falsa isca, uma espécie de saliência luminescente que se agita sobre a cabeça. Há um grande dimorfismo sexual em tais animais, uma vez que as fêmeas chegam a medir 18 centímetros, mas os machos, porém, crescem apenas até três centímetros.
LULA-VAMPIRA-DO-INFERNO
A lula-vampira-do-inferno (Vampyroteuthis infernalis) é uma espécie de lula que vive nas águas profundas do Atlântico e do Pacífico. Este é o único cefalópode conhecido pela ciência que é capaz de viver em profundidades de 400-1000mts em uma zona com um mínimo de dissolução de oxigênio. Tem um único filamento retrátil sensível, isolado e bipartido, que tem semelhanças com ambos lula e polvo.
PEIXE OGRO
O peixe-ogro (Anoplogaster cornuta) é uma espécie de peixe que é capaz de viver em profundidades que variam entre 500 e 5 mil metros. Chegam a medir até 18 centímetros, possuindo grandes dentes impedem que feche completamente sua própria boca, mas que servem também para prender suas presas, que são sugadas para dentro da boca e não conseguem sair.
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ResponderExcluirValeu pelo post, coloca mais sobre esses peixes, abraços.
ResponderExcluirAdorei obrigada pelas informações e imagens
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